A educação é um dos dez direitos sociais garantidos pela
Constituição Federal a todo cidadão brasileiro. E ela deve chegar até os mais
longínquos recantes e não pode fazer distinção de cor, raça ou crença. Mas, o
que fazer em um município onde nem mesmo o seu gestor tem um grau de instrução
condizente com o cargo o qual ocupa?
De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas dos Municípios, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais da metade dos
prefeitos paraibanos (51,12%) não têm ensino superior. Pior que isso. Segundo
os dados, 14,80% só têm o ensino fundamental, que é aquele que vai do 1º ao 9º
ano, ou 2ª a 8ª série, como se dividia antigamente a estrutura educacional
brasileira. Alguns deles até chegaram a entrar no ensino médio, mas não
completaram.
Isso quer dizer que, dos 223 prefeitos que comandam as cidades da
Paraíba, 114 não têm formação superior e, desses, 33 só têm ensino
fundamental. Sete gestores que
atualmente estão à frente de prefeituras paraibanas sequer terminaram o nível
primário de educação. Outros 16 conseguiram finalizar esse grau de instrução.
Dez desses chefes do Poder Executivo Municipal ainda entraram no nível
médio, mas não terminaram e 54 conseguiram finalizar esse grau. Vinte e sete
prefeitos conseguiram ingressar na universidade, mas não concluíram os cursos.
Apenas 82 (36,77%) conquistaram um diploma de ensino superior e 27 (12,10%) têm
pós-graduação.
A média de prefeitos da Paraíba que não têm ensino superior ultrapassa
a nordestina que é de 48,16%. No Nordeste dos 1.794 Chefes do Executivo, 864 só
têm até o ensino médio. Esse índice também supera o brasileiro, que é de
47,54%, ou seja, dos 5.570 prefeitos do país, 2.648 têm apenas até o nível
médio como grau de instrução.
Secretários mudam o roteiro
O índice de gestores municipais de saúde que não têm nível superior de
ensino também não é baixo, mas nem de longe se compara ao resultado dos
prefeitos, conforme o IBGE. Os dados revelam que dos 223 secretários que
comandam a pasta da saúde, 55 (24,7%) não conquistaram diploma em uma
universidade ou faculdade.
No caso dos gestores da saúde o quadro ficou assim, segundo o IBGE:
dois só têm o ensino fundamental; um tem ensino médio incompleto; 24 possuem o
nível médio completo; 28 o superior incompleto; 108 têm superior completo; e 60
possuem pós-graduação.
Por: Nice Almeida
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