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Problemas relacionados ao consumo de drogas já são enfrentados em 166
municípios paraibanos. Em 155 já ocorrem a circulação de entorpecentes, sendo
que em 104 cidades o crack já está chegando. É o que revela pesquisa do
Observatório do Crack realizada em 190 municípios do Estado. Os números são
referentes ao ano de 2012 e mostram que, em 99 localidades, há problemas
relacionados ao crack.
O crack é uma das drogas que mais tem preocupado os gestores. Tanto
que, em 20 cidades, é alto o nível de problema enfrentado por conta do
entorpecente. Em outras 70 localidades esse nível é médio e em 62, baixo.
Contudo, a gravidade desse problema que causa reflexos nas áreas da
saúde e segurança, principalmente, ainda não tem sido enfrentado com projetos
que verdadeiramente tentem combatê-lo. Exemplo disso é que a ajuda só tem
chegado a 82 municípios. Esses são os lugares onde há ações de enfrentamento ao
crack e a outras drogas, conforme o levantamento. Em outros 69 não há nenhuma
ação.
Somente 75 cidades têm usuários identificados, o que pode facilitar no
momento de ajudar o dependente químico a enfrentar o caso.
E, apesar de todos esses índices, apenas oito cidades têm um Conselho
Municipal Antidrogas. Em 85 há Centro de Referência de Assistência Social
(Cras) e em 32, Centro de Referência Especializado da Assistência Social
(Creas). Somente 21 possuem Centro de Atenção
Psicossocial.
O crack
É sabido que o uso de crack altera quimicamente a parte do cérebro
responsável pelo chamado “sistema de recompensa”. O uso da droga estimula um
neurotransmissor químico conhecido como dopamina, que tem por função gerenciar
um mecanismo de respostas químicas do corpo ao prazer. Naturalmente, a dopamina
é liberada por células do sistema nervoso durantes atividades prazerosas como
comer ou fazer sexo.
Em usuários do crack, a dopamina permanece estimulando as células,
criando intensa sensação de euforia, que dura de 5 a 15 minutos. Após esse
curto período, o usuário se deprime e desanima.
Isso gera desejo de recuperar a sensação de prazer, induzindo-o a
buscar mais crack, na esperança de alcançar o prazer novamente. E esse ciclo é
contínuo. Entretanto, depois de utilizar a droga durante certo tempo o usuário
torna-se mais resistente ao seu efeito, e isso o leva a buscar mais consumo
para satisfazer suas necessidades. O vício se estabelece rapidamente, mas
evidentemente sua intensidade depende da cada organismo, para se instalar. Não
há um tempo específico para isso; sabe-se, contudo, que o vício físico está
relacionado ao vício psicológico.
A tragédia da dependência ao crack é notada pelos efeitos degradantes
que se manifestam quando usuários tentam parar de usar a droga. Os sintomas
mais visíveis da abstinência são: depressão profunda, ansiedade, necessidade
intensa de conseguir a droga, irritabilidade, agitação, exaustão intensa,
comportamento agressivo, ruptura dos sistemas de autocontrole e perda de
discernimento.
Portal Arara
Fonte : Nice Almeida
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