A Paraíba é o primeiro estado do
Brasil no ranking dos que mais oferecem riscos de assassinatos contra jovens
negros, em relação aos brancos, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira
(5) pela Secretaria Nacional de Juventude.
De acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ), ao se tratar
especificamente do risco relativo por raça/cor, destaca-se a Paraíba, com
13,401, o que significa dizer que a chance de um jovem negro ser vítima de
homicídio na Paraíba é 13 vezes maior do que um jovem branco.
Na sequência, aparece Pernambuco, onde o risco relativo é de 11,565, e
Alagoas, com 8,748. Os menores riscos relativos estão no Paraná (0,7), em Santa
Catarina (1,4) e São Paulo (1,5). O risco relativo de um jovem negro ser vítima
de homicídio em relação a um jovem branco no Brasil é 2,5.
Quanto à escala de vulnerabilidade dos jovens negros, a Paraíba é o
segundo estado com maior valor, 0,517. Alagoas lidera esse ranking, com 0,608,
e Pernambuco é o terceiro da lista, com 0,506. Os valores vão de 0 até 1,0,
sendo que quanto maior o valor, maior o contexto de vulnerabilidade dos jovens
daquele território.
O IVJ tem como objetivo mensurar a vulnerabilidade à violência entre
adolescentes e jovens de 12 a 29 anos para as 27 Unidades da Federação e
incorporar a existência de desigualdades de raça/cor a partir do risco relativo
de negros e brancos serem vítimas de homicídios.
Para efeitos de classificação, a categoria ‘negros’, foi formada pelas
categorias ‘pretos’ e ‘pardos’ e a categoria ‘brancos’ é formada por ‘brancos’
e ‘amarelos’.
O levantamento conclui que “ainda que se perceba um sentimento de medo
e insegurança generalizado em toda a sociedade, a violência letal concentra-se
em determinadas áreas e atinge grupos sociais específicos, indicando, muitas
vezes, características significativamente semelhantes: falta de equipamentos e
serviços públicos, assentamentos precários, disseminação de armas de fogo,
eventual presença de organizadores do crime, estigmatização por parte da mídia
e da sociedade em geral, bem como fatores raciais associados”.
Portal Correio
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