Na última semana de trabalhos, deputados e senadores aprovaram o
reajuste salarial para a próxima legislatura. Ao acrescentar o acumulado do
IPCA dos últimos quatro anos aos vencimentos atuais, eles verão os
contracheques subirem dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,7 mil. Desta forma,
também vai aumentar o gasto que o país terá com cada parlamentar.
A partir de 1º de fevereiro, quando o novo subsídio dos deputados
federais passa valer, cada parlamentar pode custar mensalmente R$ 1.792.164,24
aos cofres públicos. Este valor leva em conta os 13 salários anuais, a média de
gastos da ajuda de custo, do cotão, do auxílio-moradia e dos gastos com verba
de gabinete.
Com exceção do salário, os outros benefícios são usados de acordo com a
demanda. Um deputado pode, por exemplo, economizar verba de gabinete e não
usá-la, assim como viajar menos para seu estado de origem, o que resultará na
economia do cotão. Caso ele não use, os valores ficam na conta da Câmara.
Benefício Média mensal Por ano
Salário R$ 33.763,00
Por ano R$ 438.919,00
Ajuda de custo (1). R$ 1.113,46
Por ano R$ 13.361,57
Cotão (2). R$ 33.010,31
Por ano R$ 396.123,74
Auxílio-moradia (3). R$ 239,85
Por ano R$ 2.878,24
Verba de gabinete para até 25 funcionários R$ 78 mil
Por ano R$ 1.014.000,00
Total de um deputado R$ 147.659,96
Total por ano R$ 1.919.579,48
Total dos 513 deputados R$ 75.749.559,48
Total anual R$ 984.744.273,24
BENEFÍCIOS SEM VALOR ESTIMADO
Carros oficiais. São 11 carros para uso dos seguintes deputados: o
presidente da Câmara; os outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas
não os suplentes); o procurador parlamentar; a procuradora da Mulher; o ouvidor
da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.
Impressões e materiais
até 15 mil A4 por mês,
até 2 mil A5 por mês
até 4 mil exemplares de 50 páginas por ano (200 mil páginas por ano)
até 1 mil pastas por ano
até 2 mil folhas de ofício por ano
até 50 blocos de 100 folhas por ano
até 5 mil cartões de visita por ano
até 2 mil cartões de cumprimentos por ano
até 5 mil cartões de gabinete por ano
até 1 mil cartões de gabinete duplo por ano
OBSERVAÇÕES
(1) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013,
restando apenas a ajuda de custo. O valor remanescente se refere à média anual
do valor dessa ajuda de custo, que é paga apenas duas vezes em 4 anos.
(2) Cotão. Valor se refere à média dos 513 deputados, consideradas as
diferenças entre estados. A média não computa adicional de R$ 1.244,54 devido a
líderes e vice-líderes partidários. A Câmara decidiu aumentar o valor do cotão
este ano em 12%. Cotão inclui passagens aéreas, fretamento de aeronaves,
alimentação do parlamentar, cota postal e telefônica, combustíveis e
lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas
de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e
internet, contratação de serviços de segurança. O telefone dos imóveis
funcionais está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. O cotão varia, de
estado para estado, de R$ 25 mil a R$ 38 mil, conforme a relação abaixo:
Acre: 37.779,62
Alagoas: 34.631,34
Amazonas: 36.872,84
Amapá: 36.706,11
Bahia: 32.981,17
Cerará: 35.918,24
Distrito Federal: 25.962,94
Espírito Santo: 31.626,61
Goiás: 29.990,43
Maranhão: 35.662,11
Minas Gerais: 30.490,33
Mato Grosso do Sul: 34.288,84
Mato Grosso: 33.337,27
Pará: 35.726,77
Paraíba: 35.560,42
Pernambuco: 35.256,76
Piauí: 34.654,96
Paraná: 32.862,54
Rio de Janeiro: 30.206,31
Rio Grande do Norte: 36.157,43
Rondônia: 36.960,22
Roraima: 38.616,18
Rio Grande do Sul: 34.573,13
Santa Catarina: 33.721,16
Sergipe: 33.944,35
São Paulo: 31.301,92
Tocantins: 33.401,78
(3) Auxílio-moradia. O valor indicado representa a média de gastos de
acordo com o uso do benefício em cada época. Em 2011, o valor era de R$ 3 mil
por mês. Em 2013, vai subir para R$ 3.800, aumento de 26,67%. Mas só quem não
usa apartamento funcional tem direito ao benefício. Em março de 2011, 270
deputados não usavam apartamentos e, portanto, recebiam auxílio. Em março de
2013, 207 deputados usavam o benefício, 300 moravam em um dos 432 imóveis
existentes e 5 não usavam os apartamentos funcionais e nem recebiam o auxílio.
(4) Saúde. O valor se refere à média de gastos por parlamentar. Em
2011, foram R$ 2,01 milhões; em 2012 (último ano fechado), R$ 1,47 milhão. Os
deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados
no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília.
Com Portal Mídia
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