segunda-feira, 24 de novembro de 2014

COMO O PODER DO EMPREENDEDORISMO DESPONTOU DO BREJO


Luciana Balbino contou o passo a passo da transformação na comunidade de Chã do Jardim

Situada na região do Brejo, na Paraíba, a comunidade de Chã do Jardim (município de Areia) é uma mostra do poder transformador do empreendedorismo. Líder nesse processo, Luciana Balbino contou o passo a passo da mudança aos participantes da Maratona de Negócios Públicos, na manhã desta terça-feira, 18, em Cabo de Santo Agostinho (PE)
.
“A gente começou com a coragem”, lembra. Sem recursos e sob a descrença de parte da própria população, o espírito empreendedor despertou com a percepção da natureza local, privilegiada com um trecho remanescente da Mata Atlântica. “Graças a uma consultoria do Sebrae, a gente aprendeu o que é produção associada ao turismo”, acrescenta. “A gente passou a explorar o “turismo de experiência.”

Da criação de simples trilhas ecológicas, um círculo de oportunidades foi colocado em movimento. Primeiro, era apenas uma caminhada como atrativo para visitantes. Depois, os organizadores instituíram “dinâmicas de relaxamento” em paradas para descanso. O resultado: mais geração de renda. Em seguida, veio a ideia: que tal incluir piquenique? Um estímulo à produção local. O passo seguinte foi música ao vivo. Uma jovem que começou a cantar na igreja passou a se apresentar no piquenique e acabou gravando CD. E por que não oferecer também artesanato?
“Ajudamos as mulheres da comunidade a produzirem pastas, bolsas, com palha de bananeira”, lembra Luciana. As alunas de artesanato perceberam que poderiam complementar a renda ao oferecer oficina para os turistas. Hoje também fazem sandálias e outros artigos.

Na comunidade, outros ciclos virtuosos semelhantes foram movidos, como o de uma fábrica de polpa de fruta, com subprodutos como o de uma polpa adoçada e congelada. As iniciativas convenceram os mais céticos quando ganharam a visibilidade na mídia (para assistir a reportagem na TV Globo,

Para o sucesso dos projetos, Luciana considerou fundamentais, além da persistência, as consultorias e as parcerias com instituições, no caso Sebrae, Senar, Emater, Cooperar e prefeituras. “Ninguém faz nada sozinho”, lembra.

areialinda.blogspot.com






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