Luciana Balbino contou o passo a passo da transformação na comunidade
de Chã do Jardim
Situada na região do Brejo, na Paraíba, a comunidade de Chã do Jardim
(município de Areia) é uma mostra do poder transformador do empreendedorismo.
Líder nesse processo, Luciana Balbino contou o passo a passo da mudança aos
participantes da Maratona de Negócios Públicos, na manhã desta terça-feira, 18,
em Cabo de Santo Agostinho (PE)
.
“A gente começou com a coragem”, lembra. Sem recursos e sob a descrença
de parte da própria população, o espírito empreendedor despertou com a
percepção da natureza local, privilegiada com um trecho remanescente da Mata
Atlântica. “Graças a uma consultoria do Sebrae, a gente aprendeu o que é
produção associada ao turismo”, acrescenta. “A gente passou a explorar o
“turismo de experiência.”
Da criação de simples trilhas ecológicas, um círculo de oportunidades
foi colocado em movimento. Primeiro, era apenas uma caminhada como atrativo para
visitantes. Depois, os organizadores instituíram “dinâmicas de relaxamento” em
paradas para descanso. O resultado: mais geração de renda. Em seguida, veio a
ideia: que tal incluir piquenique? Um estímulo à produção local. O passo
seguinte foi música ao vivo. Uma jovem que começou a cantar na igreja passou a
se apresentar no piquenique e acabou gravando CD. E por que não oferecer também
artesanato?
“Ajudamos as mulheres da comunidade a produzirem pastas, bolsas, com
palha de bananeira”, lembra Luciana. As alunas de artesanato perceberam que
poderiam complementar a renda ao oferecer oficina para os turistas. Hoje também
fazem sandálias e outros artigos.
Na comunidade, outros ciclos virtuosos semelhantes foram movidos, como
o de uma fábrica de polpa de fruta, com subprodutos como o de uma polpa adoçada
e congelada. As iniciativas convenceram os mais céticos quando ganharam a
visibilidade na mídia (para assistir a reportagem na TV Globo,
Para o sucesso dos projetos, Luciana considerou fundamentais, além da
persistência, as consultorias e as parcerias com instituições, no caso Sebrae,
Senar, Emater, Cooperar e prefeituras. “Ninguém faz nada sozinho”, lembra.
areialinda.blogspot.com
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