quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Nova Secretária de Saúde de Areia quer ampliar, qualificar e humanizar a atenção à saúde

Edna Guedes
A Secretária de Saúde do município de Areia, que iniciará a gestão da pasta no novo governo de João Francisco, é Edna Guedes, dentista por formação e profissão, com vasta experiência em gestão pública em saúde do Sistema Único de Saúde - SUS. Edna falou que pretende organizar a gestão da saúde pública em Areia em conformidade com o que preconiza o Ministério da Saúde. 

A areiense Edna Guedes da Costa foi a primeira dentista a trabalhar na Estratégia Saúde da Família da cidade, também já coordenou a Rede de Saúde Bucal do município e dirigiu o Hospital Municipal de Areia. Ela foi gerente do Terceiro Núcleo de Saúde de Campina Grande, Gerente de Planejamento de Saúde do Estado e ainda atuou como assessora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Campina Grande. A dentista, que tem especialização em gestão de serviços de saúde do SUS, foi tutora e coordenadora pedagógica curso nacional de qualificação de gestores do SUS. 

De acordo com Edna, uma das primeiras medidas adotadas pela secretaria será realizar o diagnóstico e organização dos serviços existentes no município, captar e ofertar novos serviços de saúde da política nacional de saúde junto ao Ministério da Saúde, o que possibilita receber mais recursos para investimentos e ampliação dos já existentes na cidade como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu. 

Com relação à Atenção Básica, Edna quer ampliar o número de Unidades Básicas de Saúde, saltando das atuais 8 UBS para 12 unidades e, assim, Areia terá cobertura de 100 por cento das áreas. Outro objetivo é implantar dois Centros de Atenção Psicossocial (Caps), um centro simples para atendimento a pessoas com distúrbios mentais e outro Caps AD Regional, para acompanhamento de pessoas viciadas em álcool e outras drogas. “O Caps AD vai possibilitar, inclusive, a internação dos pacientes com quadros mais severos”, explicou. 

Um dos desafios será humanizar os serviços prestados e, por isso, o programa “Melhor em Casa” vai realizar acompanhamento e atendimento médico na casa de pacientes acamados para dar mais comodidade às pessoas. “Uma troca de sonda vesical, por exemplo, pode ser realizada na residência, para evitar que as pessoas precisem se deslocar até o hospital”, exemplificou. 

Ainda segundo a nova Secretária, será implantado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família, programa que permite aumentar o acompanhamento aos usuários da atenção básica, com fisioterapia e nutrição e outras atividades que incidem diretamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas. 

Com relação aos medicamentos, grande reclamação da população, Edna adiantou que um dos objetivos é ampliar o funcionamento da Farmácia Básica, passando a abrir pela manhã e à tarde. 

Ela explicou que será feito um trabalho estratégico de organização e profissionalização da gestão em saúde no município, buscando um novo desenho para a Vigilância em Saúde (Sanitária, Epidemiológica,  Ambiental e a Saúde do Trabalhador) que atuarão integradas e em harmonia  com a Atenção básica fortalecendo o planejamento das ações de promoção e prevenção da saúde da população. 

“O Ministério da Saúde trabalha com cinco redes prioritárias, que são: pessoa com deficiência; doenças crônicas; psicossocial, Rede Cegonha e Urgência e Emergência. Em todas essas áreas teremos articuladores locais que estarão buscando as informações sobre as novidades nos tratamentos, as possibilidades de recebimento de recursos específicos e outros trabalhos. Só assim, teremos um sistema de saúde funcionando efetivamente em Areia”, disse. 

Edna, que nasceu no Hospital Doutor Hercílio Rodrigues, em Areia, explicou que a incorporação da Rede Cegonha pode permitir que o hospital volte a funcionar como maternidade. Além disso, a constituição dessas frentes de trabalho deve favorecer também a criação de políticas públicas municipais para o acompanhamento de crianças com microcefalia em função da Síndrome Congênita do Vírus Zika, já que alguns bebês da cidade apresentaram a malformação e precisam realizar todo o acompanhamento em Campina Grande. “É um grande desafio, mas vamos mudar a forma de encarar a saúde pública em nossa cidade”, finalizou. 

ASCOM 

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