CONHEÇA OS PARAIBANOS HOMENAGEADOS NO 12º FESTIVAL DE ARTES DE AREIA

Neste 12º Festival de Artes de Areia a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) optou pelo fortalecimento da memória artística paraibana ao prestar homenagens a artistas de diferentes áreas. A iniciativa busca reconhecer a colaboração dos artistas no desenvolvimento da arte e da cultura paraibana, entendendo a preservação da mamória como instrumento de consolidação das identidades e culturas da Paraíba.

Major Palito, de Campina Grande (Circo)

Nas artes circenses a homenagem será ao palhaço Major Palito, que por trás do rosto pintado é Manoel Cabral da Silva, nascido em 1932, na cidade de Campina Grande. É considerado o palhaço mais velho em atividade na Paraíba. Durante a adolescência embarcou num circo que percorreu todo o Estado e desde então não abandonou a carreira de mambembe. Atualmente mantém uma trupe formada pela família e mantém espetáculos itinerantes por todo o Estado.

Vânia Perazzo, de Areia (Audiovisual)

A cineasta areiense Vânia Perazzo será homenageada na área do audiovisual. Documentarista, iniciou sua incursão pelo cinema em 1981, quando abandonou o doutorado em Botânica, em Paris, para se dedicar à produção cinematográfica. Em 1998 conquistou o prêmio Humberto Mauro com o filme “Por 30 Dinheiros”, no concurso Nacional de União de Escritores Brasileiros. Ao longo da carreira dirigiu documentários que tratam da arte circense aos cultos religiosos, tendo sua obra transmitida por televisões de países europeus.

Ariano Suassuna, da Parahyba (Literatura)

Na área da literatura, a homenagem será concedida ao escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Ícone da cultura nordestina, Ariano nasceu na antiga Parahyba, hoje João Pessoa, de onde partiu ainda criança devido o assassinato do seu pai, o ex-governador João Suassuna. Em Recife concluiu a Faculdade de Direito e escreveu as primeiras peças para teatro. Responsável pela criação do movimento armorial, é reconhecido pela vasta contribuição ao universo da cultura nordestina e brasileira, influenciando gerações de artistas, políticos e intelectuais brasileiros.

Hermano José, de Serraria (Artes Plásticas)

Nas artes plásticas recebe a homenagem o pintor, desenhista e gravador Hermano José, natural de Serraria, município do brejo paraibano. Aos 89 anos o artista será reconhecido pela contribuição ao desenvolvimento das artes plásticas na Paraíba, onde atuou em organismos públicos voltados para a cultura e foi responsável por importantes ações na área cultural. Foi professor da Universidade Federal da Paraíba, foi assessor cultural, participou da criação de espaços de cultura e foi responsável por levar as primeiras exposições de artes plásticas de artistas para as galerias de João Pessoa.

José Enoch, de Rio Tinto (Dança)

O coreógrafo e bailarino José Enoch nasceu na cidade de Rio Tinto, litoral norte paraibano. Iniciou os estudos artísticos no Rio de Janeiro, de onde seguiu para os Estados Unidos e Europa. Foi considerado pela crítica internacional, o artista mais versátil da década de 1960. De volta à Paraíba, fundou o Ballet Studio José Enoch, em atividade há mais de 30 anos.

Genival Lacerda, de Campina Grande (Música)

O cantor e compositor Genival Lacerda recebe a homenagem na área da música. Aos 80 anos Genival comemora seus 65 anos de carreira retornando à terra natal de onde partiu na década de 1950 para dar vazão à carreira artística. Renomado nacionalmente o músico ficou conhecido pelas músicas carregadas de referências à cultura nordestina. Entre as décadas de 60 e 80 foi um dos artistas mais populares do Brasil.

Fernando Teixeira, de João Pessoa (Teatro)

Considerado um dos nomes de destaque e de maior atuação no teatro paraibano, o ator, diretor e dramaturgo Fernando Teixeira iniciou a carreira artística na década de 1960. Ingressou nos quadros da Universidade Federal da Paraíba, onde idealizou a construção do Teatro Lima Penante e criou o projeto “Vamos comer teatro”, que permitiu acesso gratuito do público às peças de teatro. Nesta edição, é homenageado pelos 45 anos de carreira e colaboração ao teatro paraibano.

Mestre Abel, de Zabelê (Cultura Popular)

O 12º Festival de Artes de Areia também prestará uma homenagem póstuma ao mestre da cultura popular Abel Martins, falecido no dia 31 de agosto, aos 81 anos. Mestre Abel, como era conhecido, nasceu em 1930. Seu pai, Manoel Venceslau, foi o responsável por levar para a cidade de Zabelê as primeiras manifestações de Reisado, de onde surgiu o Reisado de Zabelê. Pelo reconhecimento de sua importância à cultura paraibana, Mestre Abel foi agraciado com o título de “Mestre das Artes”, em 2005, e este ano recebe mais uma homenagem em memória de sua contribuição à cultura popular e de tradição oral.

fonte: festiavaldeareia.pb.gov.br