Um estudo encomendado pelo Senador Vital do
Rêgo (PMDB-PB) para saber o impacto do aumento no Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - ICMS que incide sobre as contas de energia elétrica da
Paraíba, em comparação com a redução da tarifa anunciada pela Presidente Dilma
Roussef mostra que os paraibanos terão um "grande prejuízo" com a
decisão do Governo do Estado.
Segundo a Nota Técnica emitida pelo Senado
Federal, elaborada pela equipe responsável pelo estudo que viabilizou a redução
da tarifa anunciada pela Presidente Dilma, na Paraíba a redução nas contas de
energia elétrica será 50% menor que em outros estados, graças à Lei n.º
9.933/2012, sancionada pelo Governador Ricardo Coutinho, aumentando o ICMS sobre
as contas de emergia elétrica dos paraibanos.
"As faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101
a 300 kWh/mês foram as mais prejudicadas pela Lei n° 9.933/2012/PB. A redução
tarifária será, aproximadamente, 50% menor do que seria sem a edição da lei
estadual", diz a Nota Técnica, assinada pelo Consultor legislativo Luiz
Alberto da Cunha Bustamante.
Na nota, o consultor Luiz Alberto inicia
explicando os detalhes da redução nas tarifas anunciada pela Presidente Dilma.
"A Presidente Dilma anunciou a queda da tarifa de energia elétrica de, no
mínimo, 18% para os consumidores residenciais e em até 32% para os industriais.
Quedas maiores do que as prometidas quando do anúncio da Medida Provisória n°
579/2012", diz a nota.
Decisão de RC prejudica pobres e beneficia
ricos - O consultor estranha o aumento no ICMS para as classes 'média baixa' e
'média' e não para as classes mais ricas, deixando claro que a decisão
beneficia ricos e penaliza pobres'. "Os maiores aumentos percentuais de
alíquota ocorreram nas faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês,
faixas tipicamente das classes média baixa e média. Estranhamente, na faixa
acima de 300 kWh/mês, das classes mais abastadas, não houve aumento da
alíquota".
A nota também diz claramente que o aumento no
ICMS sobre as contas de energia na Paraíba ocorreu "com o intuito
anunciado de compensar a perda de arrecadação provocada pela redução das
tarifas".
Em e-mail endereçado ao Senador, o consultor
diz também que "o consumo residencial médio de energia elétrica no Brasil
é de aproximadamente 160 kWh/mês". Segundo ele, "uma geladeira
simples, de uma porta só, consome cerca de 25-30 kWh/mês. Uma geladeira com
congelador separado, duas portas, consome cerca de 50-60 kWh/mês" e que
"a Tarifa Social de Energia Elétrica dá descontos no consumo até 220
kWh/mês".
"Como se vê, a faixa de isenção do ICMS
na Paraíba de 50 kWh/mês é bem restritiva. A grande maioria dos consumidores
residenciais deve estar nas faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês,
justamente as mais prejudicadas pelo aumento do ICMS". Vital solicitou o
estudo para saber "o impacto econômico nos consumidores residenciais
decorrente do aumento do ICMS na tarifa de energia elétrica na Paraíba".
Fonte: clickpb.com.br
Imagem: Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário