quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Areia ganha seu primeiro programa exclusivo para as crianças


Em época de alta tecnologia, redes sociais, jogos eletrônicos, você apostaria em um programa de rádio? Você pensaria em investir em um programa infantil em uma emissora de rádio? Pois bem, Cleysy Coutinho, que administra um salão de beleza infantil em João Pessoa, desde sábado (04) começou a investir em um programa de rádio para as crianças no PBFM - 105,3 FM, em Areia, e que chega em todas as cidades da região do brejo.

O programa Radinho de Areia será transmitido das 8h às 10h todos os sábados e tem uma programação destinada exclusivamente para as crianças, desde as músicas, debates e ações nas ruas. Cleysy disse que a ideia surgiu após ter participado de um programa no período do Dia das Crianças, em outubro. A repercussão em Areia foi tão grande, segundo ela, que as mães sugeriram novas incursões na programação da PBFM.

A produtora disse que já nutria a ideia de criar um espaço para o programa, e que o incentivo das mães das crianças foi o empurrão que precisava. “Nem pensei que a direção da emissora iria aceitar abrir espaço de duas horas para um programa infantil”, admitiu Cleysy, que tem três filhos pequenos, o maior deles de 10 anos de idade.

E é justamente o primogênito dela que tem um importante espaço no programa. Ele é o Doutor Leitura, que lê livros infantis, aguçando a curiosidade de outras crianças. Outro personagem marcante do roteiro é a Professora Mali, que discute temas pertinentes em relação à saúde e segurança das crianças, como dicas de higiene, cuidados pessoas, entre outros.

A parte musical é a mais interessante. Cleysy disse que todas as músicas que tocam na emissora são de grandes nomes da música popular brasileira, que cantaram para crianças, como um trabalho de Toquinho, que tem um CD exclusivo com canções para a meninada. “Há cantigas de roda, canções de grupos infantis também”, revelou a produtora.

O Radinho de Areia participou da programação do Festival Sons e Sabores, promovendo uma série de brincadeiras na praça principal da cidade, sorteando brindes e distribuindo alegria. Cleysy disse que os comerciantes locais estão apoiando e acredita que o programa traga maior autoestima para as crianças e um resgate do rádio, que tem sucumbido diante de outras tecnologias, principalmente, nas grandes cidades.


Fábio Cardoso - Foto: Beth Ribeiro
turismoemfoco.com.br

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Sons e Sabores foi encerrado com sucesso, mas precisa de ajustes para 2016

Terminou neste final de semana a terceira edição do projeto cultural Sons e Sabores, que envolveu seis cidades do brejo paraibano - Bananeiras, Pilões, Remígio, Alagoa Grande, Areia e Solânea. Areia, cidade palco reuniu oito empreendimentos voltados para o turismo, integrantes da Associação Turística Rural e Cultural - Atura revelou que tem entendido que a atividade pode ser um caminho para sair da crise e, principalmente, aumenta o autoestima das pessoas.

Eduarda Coscarelli, diretora da PEC Eventos Corporativos, organizadora do evento por meio de contrato com o Sebrae da Paraíba, no entanto, afirmou que a próxima edição do Sons e Sabores precisará sofrer alguns ajustes a começar da divulgação. Na opinião dela, o Sons é um projeto vitorioso, tem a participação dos moradores da cidade, mas ainda não conta com o devido apoio do setor público em coisas básicas, como segurança e limpeza. Em Areia, para se ter uma ideia, a segurança foi feita por uma empresa privada contratada.

A empresária pretende ampliar os dias de permanência dos chefs de cozinha contratados para ministrar cursos com os empresários do setor de alimentação das cidades que fizeram parte do projeto. Conforme impressão dela, os chefs precisam de mais tempo maior com os empresários do setor de gastronomia para interagir melhor, realmente dar uma consultoria. No modelo deste ano, eles chegavam no dia do evento, ministravam as alunas práticas de poucas horas e depois iam embora.

Um ponto que foi unanime entre todos que participaram do projeto cultural deste ano foi a ausência do poder público e não apenas financeiramente, mas no básico, como infraestrutura, segurança e limpeza. Eduarda Coscarelli admite que a crise tem atrapalhado as ações municipais, mas que os prefeitos ainda não apostam no turismo como prioridade. Não fossem O Sebrae e os empresários, provavelmente o projeto em existiria.

Eduarda Coscarelli não soube informar se na edição do próximo ano será ampliada, com a participação de novos municípios. A empresa dela foi contratada pelo Sebrae para produzir o projeto deste ano, e trouxe uma série de inovações, a começar da criação de espaços reservados para as empresas, palcos menores para pequenas apresentações de shows com artistas locais, e uma feirinha de artesanato paralela, também que artesãos locais.

Fábio Cardoso