A cidade de Areia, no brejo paraibano, é o primeiro município do Estado
a receber a exposição itinerante sobre a diversidade do semiárido brasileiro,
que é realizada através do Programa de Pesquisa do Semiárido da Universidade
Estadual de Feira de Santana/BA.
A mostra está sendo exposta no térreo do Solar José Rufino e é
realizada em parceria com a Secretaria de Educação do município, que
disponibilizou o espaço físico para proporcionar aos alunos da rede municipal,
estadual e particular e também ao público em geral, um maior conhecimento sobre
o tema.
O programa tem como objetivo central articular a competência regional e
nacional para que o conhecimento da biodiversidade brasileira seja ampliado e
disseminado de forma planejada e coordenada. Ele está estruturado em três
componente principais: inventários, coleções e temáticos e possui diversos
núcleos regionais e projetos parceiros pelo país.
Para a secretária de Educação, Márcia Gondim, a parceria com o programa
é salutar, pois visa ampliar as várias formas de conhecimento que a população
pode adquirir.
Na tarde desta terça-feira (18), o biólogo responsável pela mostra,
André Melo, vai realizar uma palestra para explanar o tema, sua importância e
seus objetivos. Segundo ele, a região do semi-árido brasileiro constitui uma
reserva de biodiversidade ainda pouco explorada no que se refere a sua biota e,
por isso, com grande potencial para a produção de moléculas bioativas
desconhecidas ou de eficiência superior as que já são conhecidas.
“Repassar esses conhecimentos para a população é fundamental para
incentivar a preservação dessas áreas e assim expandir a consciência ecológica
e, nada melhor do que começar pelos alunos, no ensino de base”, destacou.
O PROGRAMA
O programa de Pesquisa em Biodiversidade- PPBio foi criado pelo MCTI em
2004, incluído no Plano Plurianual do Governo Federal e oficializado pela
Portaria MCT nº 268 de 18 de junho de 2004, que define seus objetivos.
Posteriormente, o programa foi expandido para o Semiárido, mediante colaboração
com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Em 2010, a Mata Atlântica também foi abrangida pelo PPBio, por meio de
um projeto piloto, no âmbito do Projeto Nacional de Ações Integradas
Público-Privadas para a Biodiversidade (PROBIO II), coordenado pelo Ministério
do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(JBRJ) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por meio de ações da rede Com Cerrado, o PPBio
também passou a abranger, recentemente, o bioma Cerrado.